Big Data define tendências para o futuro do e-commerce

Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp, aponta 3 tendências que podemos esperar para o futuro do e-commerce e explica o que há por traz do conceito de Big Data.

“Nesta era em que temos uma quantidade sem precedentes de informação ao nosso alcance, o desafio não está mais em como trabalhar com os dados, mas sim em como trabalhar com eles de forma efetiva”, afirma.

Confira as tendências:

1. Experiência móvel

Segundo Rodrigues, a maioria das compras acontece por meio do celular e, também por esse motivo, as empresas estão investindo mais na experiência móvel do usuário. “A responsabilidade de desenvolver uma experiência para o mobile está cada vez mais fundamental”, observa o especialista, apontando a importância do desenvolvimento de sites responsivos.

2. Novas formas de vendas

Mais da metade dos e-commerces (60,71%) já utiliza plataformas de mídias sociais como ferramenta para implementar o relacionamento cliente-empresa, mas um movimento interessante é que elas estão se tornando canais diretos para novos negócios, sendo, inclusive, fonte de renda para alguns novos empreendedores. “Provavelmente a tendência é viabilizar melhora na descoberta para o produto e o ideal é que a pessoa nem saia da plataforma”, observa Rodrigues.

3. Híbrido de loja física e on-line

Apesar das lojas físicas estarem perdendo força, Rodrigues não acredita que elas deixarão de existir. “Talvez, no futuro, tenhamos um modelo híbrido, em que o usuário pede o produto on-line e marca para retirar na loja física”, comenta.

Thoran Rodrigues

Em conversa com a Senior, Thoran Rodrigues explica que, para realmente tirar proveito do Big Data em seus negócios, as empresas precisam entender que a automação do trabalho está intimamente aliada à informação.

“Empresas modernas são movidas a informação: informação sobre seus clientes, sobre o mercado, sobre a concorrência, sobre seus processos internos”, diz. E o valor das coisas não está só no valor do produto, mas na natureza da informação inserida em determinado produto. “A matéria prima é a mesma, como um DNA, que compõe todas as coisas. A qualidade de conhecimento que você ganhou ao longo da vida muda seu conteúdo organizacional, muda sua constituição e o torna mais valioso”, compara o executivo, levando para nossas vidas, nossas escolhas e nossas carreiras o mesmo conceito de informação que defende em produtos.

“É a plasticidade do aprendizado que nos permite nos tornarmos diferentes um dos outros. Somos artesãos de informação e isso limita o que a gente consegue fazer. Afinal de contas, quanto mais informação coletamos, mais complexo é a tarefa de cruzar esses dados”, explica, alertando para os perigos da estatística mal elaborada. “Nosso cérebro é preparado para criar correlações. Ficamos buscando relações de causa e efeito o tempo todo. Porém, correlação não significa causalidade”, diz.

Estamos no meio de uma revolução informacional, é verdade. Entretanto, ainda estamos muito orientados ao ferramental. Precisamos olhar para a informação de forma diferente para entendermos que é o conteúdo informacionalinserido em cada produto que vai torna-lo valioso. Isso é Big Data.

e-commerce + big data

INTERNET COMO ALIADA

De acordo com uma pesquisa realizada pela Big Data Corp, um misto de crise e muitas oportunidades fizeram com que o e-commerce no Brasil crescesse 21,52% nos últimos 12 meses (encerrados em fevereiro). Dos cerca de 450 mil sites de varejo on-line, o País agora conta com quase 550 mil. Ao mesmo tempo em que mais de 80 mil lojas fecharam as portas em 2015, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio, novos e-commerces foram abertos – seja novo negócio ou complemento à loja física já existente. A internet, portanto, passa a ser forte aliada e um dos motivos é infraestrutura mais barata, que não apresenta tantos entraves iniciais para se estabelecer um negócio.

Isso também pode ser visto nos seguintes números da pesquisa: a maior fatia (92,64%) do mercado é composta por pequenos e-commerces (até 10 mil visitantes por mês). O número é seguido por lojas on-line de médio (até 500 mil visitantes por mês, com 6,61%) e grande portes (mais de 500 mil visitantes por mês, com 0,76%).

Fonte: Senior

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