Pequenas e médias empresas brasileiras estão em plena jornada para a nuvem

Estudo da Intel aponta que mercado nacional potencial de soluções em cloud para PMEs será de US$ 6,6 bilhões.

Segurança já deixou, há muito tempo, de ser o principal impeditivo para que companhias migrem cargas de trabalho para a cloud. Passada a fase de experimentação, a nuvem está experimentando crescimento acelerado. Estudo realizado pela AMI Partners, a pedido da Intel Brasil, aponta que pequenas e médias empresas estão em plena jornada para a cloud.

De acordo com Fabio de Paula, diretor para o mercado corporativo da Intel Brasil, os investimentos em TI pelas pequenas e médias empresas brasileiras deve saltar de US$ 48 bilhões em 2016 para US$ 63 bilhões até 2020, com as tecnologias baseadas em computação em nuvem e mobilidade crescendo de três a sete vezes mais rapidamente do que as tecnologias tradicionais on premise.

“Estimamos que o mercado de soluções em cloud para pequenas e médias empresas em 2016 no Brasil movimente US$ 6,6 bilhões”, projeta o executivo, completando que há ainda grande terreno para crescer. Barbara Toledo, gerente de marketing corporativo da Intel Brasil, endossa a afirmação dizendo que, segundo o estudo, 70% das PMEs ainda não adotaram cloud.

Barbara indica, ainda, que o uso atual de nuvem entre pequenas empresas está focado em gestão de documentos (23%), ERP (18%) e CRM (17%). Já entre as médias estão, nos três primeiros lugares, gestão de documentos e BI/Analytics, ambos com 23%, e CRM (22%). Futuras adoções de nuvem incluem folha de pagamento, analytics e gestão de projetos para as pequenas e CRM, soluções específicas da indústria e gestão de projetos no caso das médias.

O levantamento, realizado com 251 tomadores de decisão em pequenas e médias empresas no Brasil que atuam em setores como agronegócio, finanças, manufatura, serviços, varejo, educação, saúde, turismo e entretenimento, indica que os principais fatores de adoção de cloud entre as pequenas empresas é economizar dinheiro, com 49%, economizar com hardware, com 29%, e contar com atualizações regulares e automáticas, com 29%. Para as médias, os motivos são parecidos: economizar dinheiro para 62%, obter escalabilidade e flexibilidade, com 45%, e melhorar acesso a dados e aplicativos (42%).

Com que nuvem eu vou?

Questionados sobre a preferência por serviços privados ou públicos de nuvem, as empresas médias citaram a segurança como fator na escolha pela nuvem privada (36%), enquanto a maior parte das empresas pequenas (36%) não tem preferência. Entre as médias empresas, 46% citam que a nuvem pública é adequada para a maioria das necessidades, enquanto que para as pequenas, esse número cai para 18%.

Para 22% dos pequenos negócios, há necessidade de usar nuvem privada para a maioria das aplicações. Entre as médias, 36% disseram que precisam usar a nuvem privada para a maioria das aplicações.

De modo geral, aponta o levantamento, as médias se mostram mais resistentes do que as pequenas na migração para serviços de nuvem pública, em função de preocupações relativas à segurança da informação. De Paula e Barbara, no entanto, alertam que nuvens públicas são extremamente seguras, uma vez que contam com time focado e especializado para lidar com questões de proteção.

O estudo indicou ainda, que as soluções de segurança mais usadas atualmente pelas empresas são serviços de filtro de web (13% em empresas pequenas e 25% em empresas médias) e anti-spams (13% e 29% respectivamente). Já quando perguntadas quais serviços de segurança pretendem adotar nos próximos 12 meses, a preferência das pequenas é por gerenciamento unificado de ameaças (UTM, na sigla em inglês) com 19%, enquanto 25% das empresas médias pretendem adotar serviços de VPN.

Matéria publicada originalmente no portal IT FORUM 365.

“Cloud Computing é um caminho sem volta”, diz Cláudio Bessa, Gerente de desenvolvimento de negócios, parcerias e iniciativas acadêmicas para a América Latina da IBM.

 

Fonte: Senior

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