Senior é a primeira softwarehouse a se associar à ABII

Companhia se une à Associação Brasileira de Internet Industrial para ajudar a criar soluções tecnológicas integradas e inovadoras para fábricas, hospitais, agronegócio e cidades inteligentes. Uma das startups apoiadas pela companhia também finaliza processo de associação.

Coordenados por André Zanatta, Diretor de Inovação e Vice-Presidente da ABII, parte do Grupo de Trabalho de Marketing da entidade, formado por representantes de empresas associadas, como Embraco, Forvm, Perfil Térmico, Pollux e Senai SC estiveram presentes e, por vídeo-conferência, profissionais da ESSS e da Senior participam da 1ª reunião do GT. Entre os temas, destacam-se prioridades e decisões para a organização do 1º Encontro Nacional ABII que acontece em São Caetano do Sul/SP entre os dias 6 e 7 de abril deste ano.

Empresa especializada em tecnologia para gestão, a Senior anuncia sua associação à recém fundada Associação Brasileira de Internet Industrial. Criada para acelerar a tecnologia na indústria brasileira, a entidade une empresas em prol da melhoria da produtividade por meio da convergência entre dados e máquinas.

A startup Intelup, acelerada pela companhia na segunda edição do programa Inove Senior, finalizou seu processo de associação quase ao mesmo tempo que a Senior. A startup desenvolve uma plataforma baseada em algoritmos inovadores, capaz de contextualizar informações e alertas relacionados a processo de produção da indústria.

Internet Industrial é a aplicação da Internet das Coisas na indústria. Na ABII vamos contribuir com projetos que permitam que os mais diversos equipamentos – como máquinas em plantas fabris, na agroindústria ou até em hospitais – ‘conversem’ entre si, lendo e transmitindo informações em tempo real para os gestores, otimizando o trabalho e ajudando-os a tomar decisões”, explica Jean Vieira, Diretor de Desenvolvimento da Senior.

“A missão da ABII é promover o crescimento acelerado da Internet Industrial no Brasil através da coordenação de um ecossistema que promova iniciativas voltadas à integração, controle e conexão segura entre máquinas, sistemas, processos e pessoas por meio de arquiteturas comuns e padrões abertos, visando a geração de resultados transformadores para as diferentes indústrias e infraestrutura pública”, afirma José Rizzo Hahn Filho, fundador e presidente da entidade. De acordo com o executivo, a ABII vai fomentar o trabalho em equipe entre as empresas. “A ABII visa divulgar e fortalecer a Internet Industrial no Brasil, criar um fórum permanente de discussões sobre o tema, intercâmbio tecnológico e de negócios com parceiros internacionais, promoção do desenvolvimento econômico e geração de empregos. Cada nova solução proposta vai envolver quatro ou cinco empresas por meio de Grupos de Trabalhos (GTs). Na ABII todos os 155 associados que temos até agora trabalham juntos”, diz.

PIONEIRISMO NO AGRONEGÓCIO

Primeira softwarehouse a se associar à ABII, a Senior já atua com soluções que envolvem inteligência artificial. “Um de nossos projetos, implantado na Urbano Agroindustrial, de Jaraguá do Sul/SC, é pioneiro no Brasil e revoluciona o processo de monitoramento e controle do volume dos grãos armazenados nos silos de beneficiamento de arroz, reduzindo perdas e permitindo a gestão em tempo real”, afirma o Diretor Jean Vieira. A solução foi a grande vencedora na categoria Watson IoT do IBM Beacon Award – uma das mais importantes premiações mundiais de tecnologia, que aconteceu em Las Vegas, em fevereiro deste ano.

Desenvolvido com base na tecnologia IBM Watson, o projeto envolve equipamentos instalados dentro do silo de beneficiamento de arroz, incluindo emissores baseados em LED e receptores óticos, que capturam o volume de grãos armazenados e enviam as informações em tempo real para o sistema da Senior – que pode ser acessado por computador ou smartphone. A partir de comandos de voz ou texto, os funcionários conseguem solicitar informações analíticas geradas pela plataforma sobre os silos, recebendo os dados e relatórios nos mais diversos dispositivos.

Entre os principais benefícios estão a confiabilidade e a prontidão das informações sobre o volume de grãos armazenados, uma vez que não há mais necessidade de uma verificação manual do nível do arroz dentro do silo – o que representa uma redução de até 30% na mão de obra de emergência, além de uma economia de 5% no tempo gasto com o monitoramento do silo.

“A Senior sempre se mostrou muito interessada com o propósito da associação e, por atuar com software, tem importante papel na integração da TI com as máquinas”, afirma Rizzo Filho.

ECONOMIA*

O uso de sensores para monitoramento, também conhecido como telemetria, não é novo. A Fórmula 1 faz isso mesmo antes da internet. Mas a diferença agora está na quantidade de dados, na possibilidade de cruzá-los com informações sobre o desempenho de uma infinidade de outros equipamentos, e de solucionar problemas remotamente em tempo real.

A Coca-Cola criou uma máquina de autosserviço para uso em lanchonetes e restaurantes, a Free Style Machine. Sem previsão de chegar ao Brasil, ela transmite em tempo real a quantidade e o tipo de bebida consumida, permitindo reposição e calibragem da máquina mais eficientes.

Na TAM, o sensoriamento remoto é padrão nos 164 aviões da frota. O serviço, que é feito a partir do Centro de Controle de Manutenção, uma sala com computadores na sede da empresa em São Paulo, permite identificar falhas em pleno voo – a companhia já deixou de gastar R$ 1,8 milhão com ocorrências evitadas entre 2014 e 2015.

Na indústria do petróleo, o monitoramento remoto de turbinas de geração de energia em plataformas flutuantes pode gerar economias ainda maiores. As operadoras são remuneradas pela produção e, se falta energia, nada mais funciona. E um dia de produção parada pode custar US$ 5 milhões, em média.

Nos treinos para os Jogos Olímpicos do Rio, cada ângulo do remo, inclinação da canoa e frequência cardíaca da equipe de canoagem brasileira foram monitorados em tempo real. Com informações mais precisas do que o acompanhamento a olho nu, o sistema de sensores da equipe brasileira foi uma inédita aplicação, para o esporte, de uma tecnologia que nasceu para fazer o monitoramento de grandes geradores e turbinas de avião.

“Toda essa nova tecnologia pode ser aplicada em diferentes áreas. Na ABII, nosso propósito é a criar soluções tecnológicas integradas e inovadoras para fábricas, hospitais, agronegócio e cidades inteligentes”, afirma José Rizzo Hahn Filho.

TRABALHO EM CONJUNTO

Adotando o modelo do consórcio internacional criado nos Estados Unidos pela IBM, GE e Intel, e do qual a única empresa brasileira presente é a Pollux, a fundação da ABII foi uma ação conjunta da FIESC, Pollux, Embraco e Senai – uma iniciativa inédita de estímulo à inovação liderada por José Rizzo Hahn Filho, presidente da Pollux, uma das empresas de tecnologia mais inovadoras do Brasil que atua no setor de automação industrial com soluções de engenharia de ponta no desenvolvimento de linhas de montagem, máquinas de inspeção, sistemas de rastreabilidade e soluções em robótica.

“Tornar a Internet Industrial (ou Indústria 4.0 como também é chamada) uma realidade implica na adoção gradual de um conjunto de tecnologias emergentes de TI e automação industrial na formação de um sistema de produção físico-cibernético com intensa digitalização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas; a chamada Internet das Coisas (IoT)”, explica Rizzo Filho. De acordo com o executivo, este processo promete gerar ambientes de manufatura altamente flexíveis e autoajustáveis à demanda crescente por produtos cada vez mais customizados.

“Na ABII, todas as empresas saem ganhando. Os fornecedores poderão evoluir seu portfólio de soluções e as indústrias terão plantas cada vez mais modernas e inteligentes”, afirma Jean Vieira. Para o Diretor, quanto mais empresas se associarem, mais o Brasil vai avançar tecnologicamente.

 

*Com informações de matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo.
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