Ciclo operacional e ciclo financeiro: equilíbrio é a palavra-chave

A linha que separa o lucro e o prejuízo em uma empresa é muito sensível. Mesmo que todo o estoque seja vendido, é possível que as contas fiquem no vermelho ou próximas de chegarem em um resultado preocupante. Alguns fatores podem levar a uma situação dessas, entre eles o mau gerenciamento do estoque e da relação com clientes e fornecedores. Uma das soluções para isso, então, é encontrar o equilíbrio ideal entre ciclo operacional e ciclo financeiro, o que vale para qualquer segmento, especialmente para a indústria, que ainda precisa lidar com a compra de matéria-prima e com os processos produtivos.

Esse equilíbrio entre os ciclos operacional e financeiro é necessário porque eles se completam. Um depende do outro para apresentar bons resultados. Então, é necessário pensar em estratégias que melhorem o desempenho dos dois, de modo que ambos entrem em sintonia dentro do processo administrativo. E fazer isso não exige ações extraordinárias, de difícil alcance, mas apenas de um pouco de organização e gestão dos processos. No fim, o resultado será um capital de giro adequado e um estoque saudável.

Para você entender melhor do que estamos falando, vamos explicar como funcionam os dois ciclos. O operacional compreende um período que inicia, no caso da indústria, na compra da matéria-prima, passando pela produção, armazenamento no estoque, venda e termina no recebimento dos valores pagos pelo cliente. Isso significa, portanto, que parte do capital de giro da empresa pode ser financiado pelos fornecedores, caso eles permitam o pagamento em prestações.

Para calcular o ciclo operacional, é necessário usar a seguinte fórmula: Prazo Médio de Estocagem (PME) + Prazo Médio de Recebimento (PMR)

O PME é o período em que a matéria-prima e os produtos acabados permanecem no estoque da empresa. Já o PMR vai da venda até o recebimento dos clientes. Quanto menor for o ciclo, menor também é o tempo que as mercadorias permanecem armazenadas, o que representa bom volume de vendas e de dinheiro entrando.

Utilizando um exemplo, vamos imaginar que uma indústria tenha um PME de 35 dias e um PMR de 70 dias. Aplicando a fórmula, veremos que o ciclo operacional é de 105 dias. Na prática, isso quer dizer que a empresa leva 105 dias para comprar insumos, produzir, vender os produtos e receber o dinheiro das vendas.

O ciclo financeiro, por sua vez, abrange o tempo de pagamento aos fornecedores até o recebimento dos valores pagos pelos clientes. Quanto menor for o ciclo, melhor é a saúde do negócio, pois significa que a indústria tem mais tempo para pagar a matéria-prima e o prazo para recebimento dos clientes é menor, o que aumenta o volume de dinheiro no caixa.

A fórmula desse ciclo é: Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF)

Seguindo o nosso exemplo, vamos supor que o PMPF seja de 41 dias. O ciclo financeiro, então, é de 64 dias. Isso quer dizer que em um ano (360 dias) a empresa gira e tem retorno financeiro 5,6 vezes. O objetivo dos gestores deve ser sempre reduzir esse ciclo e aumentar o número de giros do negócio.

O risco da falta de capital de giro

Não ter capital de giro suficiente para manter as atividades pode acabar forçando a empresa a buscar esses recursos em outras fontes, como bancos e instituições financeiras. Até existem programas que oferecem juros mais baixos e facilitam o pagamento, mas é sempre bom evitar essa dependência e conseguir manter as atividades com dinheiro próprio.

Por mais que os juros de determinados bancos não sejam muito altos, essa situação pode virar uma bola de neve sem fim, que vai se acumulando em cada período e obrigando a empresa a se endividar cada vez mais.

Como equilibrar ciclo operacional e ciclo financeiro

Alcançar o equilíbrio entre ciclo operacional e ciclo financeiro exige que a indústria tenha poder de negociação. Primeiro, para conseguir prazos maiores para pagar os fornecedores. Depois, para conseguir prazos menores de recebimento por parte dos clientes.

Além disso, controlar o estoque é essencial. Isso inclui, primeiro, um esforço maior do marketing e das vendas para aumentar a exposição da marca e, consequentemente, o número de clientes. Mas somente isso não basta. É fundamental também estabelecer uma comunicação eficiente com o setor de produção, no sentido de ajustar os níveis de produtividade e evitar desperdícios. Produzir a mais ou a menos causa prejuízos e pode interferir no resultado final.

Porém, é importante ressaltar que essas medidas devem ser tomadas com base em planejamento e estudo do mercado. É essencial conhecer clientes, fornecedores, entender o atual momento econômico e, assim, não errar o tom no momento de tentar as negociações. Conhecer as limitações e identificar as oportunidades depende de o gestor estar atento a tudo o que acontece.

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Fonte: WK

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