O contrato intermitente permite que as empresas convoquem seus funcionários para prestação de serviços específicos. Saiba mais neste artigo!
A nova dinâmica do mercado de trabalho exige modelos mais flexíveis, capazes de se adaptar às variações de demanda e às expectativas de profissionais cada vez mais autônomos. Nesse cenário, o contrato de trabalho intermitente, regulamentado pela reforma trabalhista de 2017, surge como uma solução estratégica tanto para empresas que precisam de mão de obra sob demanda, quanto para trabalhadores em busca de flexibilidade e formalização.
Mas como garantir o engajamento de profissionais que não estão presentes todos os dias? É possível manter a motivação e o senso de pertencimento mesmo com vínculos esporádicos?
Neste artigo, você vai entender o que é o contrato intermitente, como ele funciona, suas vantagens e desafios — e, principalmente, como engajar esses profissionais de forma eficaz e sustentável.
O que é o contrato intermitente?
Com a reforma trabalhista de 2017, foi criada uma nova forma de vínculo empregatício no Brasil: o contrato intermitente. Nessa modalidade, o trabalhador é convocado para prestar serviços apenas quando há necessidade, sendo remunerado apenas pelos períodos efetivamente trabalhados.
De acordo com a nova Consolidação das Leis do Trabalho (CLT):
“Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade (…)”.
Ou seja, o colaborador pode ser chamado para trabalhar por dias, horas ou meses, conforme a demanda da empresa. Ele tem até um dia útil para aceitar ou recusar a convocação e pode trabalhar para outras empresas enquanto estiver inativo.
Como funciona na prática
O contrato intermitente precisa ser:
- Formalizado por escrito e registrado na carteira de trabalho;
- Indicar o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao salário mínimo proporcional nem ao dos demais empregados na mesma função;
- A remuneração deve ser paga em até 30 dias após a prestação do serviço.
Mesmo em um regime mais flexível, o trabalhador intermitente tem direito a:
- Férias proporcionais com acréscimo de 1/3;
- 13º salário proporcional;
- Recolhimento do FGTS e INSS;
- Descanso semanal remunerado.
Vantagens do contrato intermitente para empresas e profissionais
Essa modalidade é especialmente útil para setores com variação de demanda, como:
- Bares e restaurantes (garçons em fins de semana e feriados);
- Agricultura (colheitas sazonais);
- Construção civil (picos de obras);
- Transporte (motoristas por viagem).
Para o trabalhador, os benefícios incluem:
- Flexibilidade de horários;
- Liberdade para atuar em diferentes projetos;
- Acesso a direitos trabalhistas formais, mesmo que em regime parcial.
Segundo a PNAD Contínua, 27,78% da população ocupada no Brasil está na informalidade. O contrato intermitente pode ser uma alternativa para formalizar parte desses trabalhadores, oferecendo segurança jurídica e benefícios sociais.
O desafio do engajamento: como manter o trabalhador intermitente motivado?
Mesmo com os benefícios legais, manter o engajamento dos profissionais intermitentes é um dos principais desafios das empresas. Por isso, é essencial adotar estratégias que reforcem o vínculo e o sentimento de pertencimento, mesmo que a prestação de serviço não seja contínua.
Algumas boas práticas incluem:
- Reconhecer e valorizar o desempenho individual;
- Oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação;
- Estimular a comunicação transparente e o alinhamento de expectativas;
- Promover um ambiente de respeito, autonomia e confiança.
A pesquisa da Deloitte mostra que 88% dos brasileiros da geração millennial (nascidos entre 1982 e 1998) com alta flexibilidade no trabalho se sentem mais engajados. Isso mostra que a liberdade de horários, aliada à valorização do profissional, pode ser um diferencial competitivo para a empresa.
Tendências internacionais reforçam o modelo
Em países como os Estados Unidos e diversas nações da Europa, o trabalho flexível já é uma realidade consolidada. Muitos profissionais optam por esse modelo devido a fatores como:
- Autonomia na gestão do tempo;
- Independência financeira e de carreira;
- Oportunidade de atuar em diferentes empresas e projetos;
- Satisfação com reconhecimento pontual pelo serviço prestado.
Esses fatores também podem ser explorados no Brasil como pontos de motivação e engajamento.
Conclusão: o contrato intermitente como oportunidade estratégica
O contrato intermitente oferece uma alternativa moderna e adaptável às novas dinâmicas do mercado de trabalho. Quando bem implementado, ele beneficia tanto empresas, que ganham mais flexibilidade operacional, quanto profissionais, que conquistam maior liberdade e acesso a direitos trabalhistas.
Mais do que uma simples solução para demandas sazonais, esse modelo pode ser uma ferramenta estratégica para:
- Reduzir a informalidade;
- Atrair talentos que valorizam a autonomia;
- Construir um ecossistema de trabalho mais ágil e eficiente.
O segredo está em entender que engajamento não depende apenas da presença constante, mas da qualidade da relação entre empresa e colaborador. Com respeito, clareza e valorização, o contrato intermitente pode ser muito mais do que um vínculo eventual: pode ser uma parceria de sucesso.
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Fonte: Senior Sistemas