Duty of Care: nova abordagem para segurança corporativa

O “dever de cuidar” abarca a responsabilidade moral das empresas com o bem-estar de colaboradores, a proteção dos ativos empresariais e a promoção de um ambiente seguro e saudável

A segurança corporativa está passando por uma transformação profunda, assumindo novas responsabilidades dentro de uma gestão de segurança ampla. Nesse contexto, o conceito de duty of care se destaca como uma novidade essencial, que engloba as empresas e os seus impactos sobre a sociedade, stakeholders e o meio ambiente.

Mais do que uma obrigação legal, o duty of care engloba também a responsabilidade moral das empresas com o bem-estar dos colaboradores, a proteção dos ativos empresariais e a promoção de um ambiente seguro e saudável, envolvendo também os impactos gerados ao seu entorno.

No restante deste artigo, vamos explicar como o duty of care está redefinindo a segurança corporativa, especialmente pela introdução do ESG e pela capacidade de apresentar benefícios tangíveis às organizações, como a promoção do bem-estar de colaboradores e a garantia da integridade de ativos.

O que é duty of care?

Duty of care, ou “dever de cuidado” em tradução livre, envolve a responsabilidade das empresas de tomar medidas para proteger seus colaboradores, terceiros e ativos contra riscos que podem ser identificados e mitigados. Esse trabalho está em constante evolução, abrangendo cada vez mais áreas de um negócio, em decorrência de exigências legais, de consumidores e de fornecedores.

Em outras palavras, o duty of care vai além da simples conformidade legal no contexto corporativo. Esta prática envolve elaborar políticas, processos e práticas que assegurem a saúde e a segurança de todos os envolvidos nas operações da empresa – e no impacto gerado por ela –, promovendo uma cultura organizacional sólida.

Sua atuação implica cuidados básicos, como o uso de EPIs nas atividades de rotina, e práticas para a promoção de ambientes de trabalho seguros e inclusivos, prevenindo assédios físicos e morais. Com esses cuidados, algumas vantagens são sentidas na prática:

  • Redução de riscos, ao prevenir incidentes e, caso aconteçam, minimizar os seus impactos, com planos de resposta já definidos e simulados.
  • Fortalecimento da cultura organizacional, com colaboradores desenvolvendo um sentimento de pertencimento e uma rotina de segurança nas atividades diárias.
  • Melhoria da reputação: ao priorizar o duty of care, as organizações são vistas como responsáveis e confiáveis, conquistando clientes, investidores e parceiros e aumentando o engajamento dos colaboradores – o que amplia a retenção de talentos e diminui o turnover.
  • Alinhamento ao mercado: a integração do duty of care às estratégias de ESG e segurança corporativa coloca as empresas na vanguarda do mercado, gerando um diferencial competitivo.

A transformação da segurança corporativa com o duty of care

A segurança corporativa já foi um departamento focado especialmente em medidas reativas para evitar perdas e danos. Com o passar dos anos, esta área foi se tornando mais estratégica, fazendo com que os negócios atuem de forma proativa e integrada em uma estrutura inteligente de segurança.

Este cuidado corporativo envolve vários pilares:

  1. – Segurança física e digital integrada – No mundo atual, a gestão de segurança precisa englobar medidas físicas e cibernéticas. O objetivo está em proteger as pessoas e os dados. A presença de sistemas de gestão capazes de integrar monitoramento de acesso, vigilância inteligente, firewalls e autenticação multifatorial ajuda a prevenir incidentes.
  2. Bem-estar de colaboradores – O “dever de cuidado” de uma empresa vai muito além da proteção de instalações e de informações do negócio. É por isso que ela deve incluir o bem-estar integral dos colaboradores, focando tanto em sua saúde física quanto mental. Programas de apoio emocional, ergonomia no ambiente de trabalho e iniciativas de saúde ocupacional são medidas recorrentes.
  3. Gestão de riscos e compliance – Parte importante deste trabalho envolve mapear riscos e vulnerabilidades e desenvolver planos de resposta para os incidentes. É por isso que uma gestão robusta de riscos, aliada ao compliance em relação às legislações e às regulamentações, auxilia na implementação do duty of care de maneira efetiva.

Qual a relação entre ESG, compliance e duty of care?

O duty of care está necessariamente relacionado às boas práticas de governança ambiental, social e corporativa, o ESG (na sigla em inglês):

  • Aspecto ambiental – Envolve a adoção de medidas de segurança para minimizar riscos ambientais, como o manejo seguro de resíduos e a prevenção de acidentes.
  • Social – Visa proteger os colaboradores de forma integral e promover o bem-estar, reforçando este compromisso da empresa.
  • Governança – Incorporar o duty of care às estratégias de segurança demonstra maturidade organizacional e responsabilidade corporativa, fortalecendo a reputação da empresa perante stakeholders.

Neste contexto, é importante não tratar duty of care como um sinônimo de compliance. Isso porque a preocupação com a integridade trazida pelo compliance envolve principalmente o ato de seguir as regras legais, de segurança, de bem-estar e éticas, enquanto o “dever de cuidar” tem uma visão mais ampla sobre a responsabilidade do negócio e sua relação com os colaboradores.

Como implementar o duty of care?

Cada negócio apresenta especificidades legais que devem ser seguidas e impactos sociais e ambientais distintos, conforme o seu segmento de atuação. Dessa forma, a implantação do duty of care não pode ser tratada de maneira única. Ela, no entanto, deve englobar alguns aspectos:

– Mapeamento de riscos: trata-se de uma fase essencial para identificar os riscos que podem afetar colaboradores, ativos e a continuidade das operações.
– Desenvolvimento de políticas e procedimentos, com a criação de diretrizes claras que orientem as práticas de segurança física, cibernética e de bem-estar e planos de resposta.
– Investimento em tecnologia: a adoção de sistemas integrados de segurança que permitam o monitoramento em tempo real, a automação de processos e a coleta de dados para análises preditivas auxilia o trabalho das equipes deste time e a coordenação das atividades com outros departamentos.
– Treinamento e capacitação: Eduque colaboradores e líderes sobre práticas seguras e protocolos de emergência, promovendo uma cultura de segurança em todos os níveis.

Em cada uma dessas etapas, insira indicadores-chave, os KPIs, capazes de medir a eficiência das iniciativas de duty of care em busca de melhorias contínuas. Isso é importante, pois, à medida que os desafios no ambiente corporativo evoluem, o duty of care também precisa acompanhar este processo.

Negócios que adotam essa abordagem não apenas mitigam riscos, mas também fortalecem suas bases para o crescimento e a inovação. Ele não apenas protege pessoas e ativos, mas também promove um ambiente de trabalho sustentável e ético, alinhado às demandas modernas de governança e responsabilidade social.

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Fonte: Senior Sistemas

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