Indústria 4.0: Big Data, Internet das Coisas e mão de obra especializada

Por Cândida Inthurn.

A Indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, automatizada, controlada por robôs e baseada em sistemas ciber-físicos, deixa para trás a fábrica tradicional, com suas linhas de produção barulhentas e repletas de máquinas e engrenagens. Neste novo cenário, com o avanço dos sistemas de Big Data e a Internet das Coisas, os processos produtivos repletos de sensores podem ser controlados remotamente.

O conceito de Indústria 4.0 ganhou força na Alemanha através de um projeto estratégico envolvendo empresas, universidades e o governo com a proposta de modernizar a indústria local que, aliás, já era um tanto desenvolvida. Aos poucos este conceito disseminou-se para outros países.

Os alemães usam este termo em função das três revoluções industriais já existentes. A atual revolução, a quarta, é a fase em que as máquinas, baseadas em sistemas ciber-físicos, tomam decisões de quando ligar, desligar ou de quando acelerar ou reduzir a produção no ambiente industrial. Os alemães batizaram esta fase de “Indústria 4.0”, já os americanos e os chineses a chamam simplesmente de “Manufatura Avançada”.

Vale lembrar que a 1ª Revolução Industrial impulsionou a mecanização da produção usando água e energia a vapor. A 2ª Revolução Industrial introduziu a produção em massa, reduzindo custo e popularizando o produto, através da energia elétrica. A Revolução Digital, por sua vez, foi marcada pela implantação de computadores no chão-de-fábrica, colocando controles eletrônicos, sensores e dispositivos capazes de gerenciar uma grande quantidade de variáveis de produção. ATecnologia da Informação, cuja maior protagonista é a Internet, já está consolidada entre as pessoas como um canal de comunicação convergente de todas as tecnologias.

Quando dizemos que a internet está na indústria, no meio produtivo, devemos pensar num ambiente onde todos as máquinas e equipamentos estão conectados em rede e disponibilizando informações de forma única. Esse conceito é chamado de Internet das Coisas (IoT – Internet of Things).

A IoT envolve o conceito de conectar todo e qualquer dispositivo na Internet, no dia a dia das pessoas. A Internet das Coisas é a conexão de todas as máquinas, dispositivos, sensores, câmeras e outros elementos que buscam otimizar a vida das pessoas e empresas, além de melhorar operações do dia a dia e economizar tempo, dinheiro, etc. Exemplos: pulseira conectada à Internet que registra a atividade física do usuário, como distância e velocidade; dispositivo remoto para comandar os sistemas de aquecimento, refrigeração e iluminação de uma casa.

O Big Data, por sua vez, é um grande banco de dados com informações para tomadas de decisões onde os dados em sua maioria são dinâmicos, isto é, os resultados da análise variam em tempo real conforme eventos externos. Exemplo: a análise dos dados gerados por sensores da linha de produção de uma indústria, onde detecta-se que um determinado lote está sendo fabricado com erros que resultarão no seu descarte. Se ao invés de somente depois de produzido todo o lote, se verificar a falha, esses erros já podem ser corrigidos durante a produção, realizando-se assim os ajustes necessários durante a produção e descartando apenas poucas unidades que são incompatíveis com o padrão exigido.

PERFIL DA MÃO DE OBRA DA INDÚSTRIA 4.0

É natural que o avanço tecnológico envolvendo a Indústria 4.0 traga também mudanças importantes para a mão de obra envolvida neste segmento. Para novos processos e tecnologias,  por consequência, surge a necessidade de novas habilidades técnicas e algumas, dependendo do caso, bem específicas.

É certo, portanto, que os profissionais da Indústria 4.0 tenham que desenvolver uma formação multidisciplinar, mas com habilidades e competências específicas. Também terão que aprender a lidar com equipamentos e máquinas inteligentes, ações que requerem maior senso de adaptação, observação e decisão e vão muito além do simples apertar de botões. O senso de urgência também será maior devido a disseminação dos sistemas de big data e do acesso às informações que antes eram restritas aos sistemas internos das empresas. Sendo assim, através de seus dispositivos móveis, como celulares ou tablets, de qualquer lugar fora da indústria, deve ser cada vez mais comum, sempre que solicitado, interferir nos processos produtivos da empresa. Por fim, apesar de tanta tecnologia, ter um bom relacionamento com os colegas de trabalho continua sendo essencial. Inteligência emocional, mais uma vez, é premissa básica para subir na carreira. E isto também é regra para quem trabalha na Indústria 4.0.

E O BRASIL?

A Indústria 4.0 ou a “Manufatura Inteligente” vem pouco a pouco ganhando espaço no cenário mundial. O Brasil precisa vencer obstáculos importantes para avançar neste tema. Infraestrutura e política de inovação são grandes entraves ainda. Aliados a estes obstáculos é preciso investimentos contínuos em infraestrutura básica, educação e saúde dos trabalhadores. É preciso investir em pesquisa e para isto é preciso que haja parcerias sólidas envolvendo Governo, empresas e instituições de ensino. São necessárias, também, muitas ações para o desenvolvimento do mercado brasileiro para que este se torne realmente competitivo frente aos gigantes mundiais. O setor automotivo promete ser o mais adiantado, inclusive com profissionais migrando para outros setores como óleo e gás e aeronáutica.

Fonte:
Exame.com – Indústria 4.0 exigirá um novo profissional.
Automação Industrial.info – Indústria 4.0: uma visão da automação industrial.
Marcio Venturelli – Indústria 4.0: o protocolo Profinet e a indústria 4.0.
Portal da Indústria.com.br – Entrevista: Brasil pode criar a indústria 4.0 verde e amarela – Jefferson Gomes.
Computerworld.com.br – Você está preparado para viver a revolução da indústria 4.0?
Canal Dana – O Brasil ficará fora fora da indústria 4.0 por falta de investimentos e informação.

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  • Aumento da capacidade produtiva;
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  • Agilidade para a rastreabilidade de informações;
  • Melhoria no relacionamento com clientes;
  • Otimização do planejamento de reposição de estoques;
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  • Total controle sobre as demandas da produção e;
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Fonte: WK

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