A Transformação Digital, a cultura e o engajamento das pessoas

O tsunami de mudanças tecnológicas que estamos vivendo, impactam não apenas nossos hábitos, como também o dia a dia das organizações. As novas tecnologias fazem parte do nosso cotidiano – em alguns casos – de forma tão sutil, que as absorvemos sem nos darmos conta. Em outros, envolvem alterações significativas no modelo mental das pessoas e na gestão das empresas.

por Jussara Dutra*


Neste tsunami, robôs e algoritmos já têm condições de trabalhar ao nosso lado: na empresa, podemos perguntar a um computador ou aplicativo sobre nosso saldo de férias, por exemplo e, nas redes sociais, conseguimos pedir pizza a um assistente virtual via mensagens diretas à própria pizzaria. Já contamos com inteligência artificial e bots apoiando na área médica, além de realidade virtual para lazer e treinamento, entre outras inovações. Novidades surgem a todo momento e tudo está cada vez mais instantaneamente conectado e integrado: pessoas, máquinas e organizações.

Segundo Josh Bersin, esta nova realidade cercada de tecnologia continuará trazendo mudanças profundas no contexto do trabalho e na forma como se faz gestão. Por conta disso, a capacidade das empresas em se transformar digitalmente não somente representa uma vantagem competitiva: é também fator estratégico para a sustentabilidade do negócio. Nesse cenário, há empresas mais propícias que outras à Transformação Digital, pois possuem uma cultura que promove o aprendizado contínuo, a colaboração, apresentam maior tolerância a erros e, consequentemente, as pessoas nestas organizações se sentem capazes e motivadas a contribuir.

Nas empresas, a cultura organizacional é tão exclusiva quanto o DNA de cada uma das pessoas que a compõem. E é a cultura da empresa que possibilita ou impede as pessoas de questionar as crenças existentes e desafiar a lógica convencional para mudar padrões sem abrir mão dos valores e, então, reinventar a gestão. É a cultura que atrai ou afasta os talentos, pois está presente nos hábitos, símbolos e valores que impregnam as práticas, metodologias e rituais internos.

Reforçada a todo momento com as atitudes das lideranças e demais influenciadores, a cultura, em tempos de transformação digital, precisa ser o foco da atenção da área de gestão de pessoas – que irá mapear e promover as mudanças necessárias na cultura da empresa para potencializar as pessoas sem desperdiçar oportunidades.

Hoje é possível aprender o que quisermos a qualquer tempo. É possível participar de redes de colaboração dentro e fora da empresa e buscar, de forma colaborativa, a solução para problemas que, em outros tempos, seriam resolvidos com uma imersão solitária e com acessos restritos. Nesse cenário, precisamos desenvolver um ambiente flexível para ter pessoas engajadas em perceber e aproveitar o melhor da Transformação Digital.

O engajamento é um processo emocional e está diretamente ligado ao propósito da organização e dos seus colaboradores. Implica ter pessoas mobilizadas, que direcionam sua energia de forma positiva, buscam desenvolver suas competências, aplicam seu potencial e se dedicam a realizar o que é melhor para todos. É o engajamento que vai conectar as pessoas para sentir valor no que estão vivendo e a se tornarem protagonistas e influenciadores. 

Para evoluirmos a tempo de aproveitar o melhor deste momento histórico, é crucial termos consciência dessa transformação. Além disso, precisamos, nas nossas organizações, de uma cultura que assegure pessoas em constante em evolução que, ao se transformar, promovam a transformação das pessoas, do ambiente e da organização ao o seu redor. Só assim saberemos como aplicar essas inovações de tal forma que elas efetivamente gerem resultados.


*Jussara Dutra – Desenvolvimento Humano e Organizacional da Senior

 

Fonte: Senior

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