Burnout: o que é, causas, impactos e como o RH pode prevenir

A preocupação com a saúde mental nas organizações nunca foi tão urgente. Entre os desafios mais recorrentes no ambiente de trabalho, está a síndrome de burnout.

Dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho de 2023 mostraram que aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com o burnout, reconhecido como doença ocupacional pela OMS desde 2022.

Outra pesquisa, da consultoria Mercer Marsh Benefícios, mostrou que as doenças mentais ocuparam o segundo lugar nos afastamentos do trabalho. O tempo médio fora da rotina de trabalho nestes casos chega a 8 dias. Os números demonstram como a atenção precisa ser redobrada por parte dos gestores, lideranças e profissionais de RH.

Neste artigo, vamos explicar o que é burnout, suas principais causas, sintomas, impactos organizacionais e, principalmente, como o RH pode atuar na prevenção e intervenção, utilizando estratégias baseadas em indicadores, escuta ativa e tecnologia.

O que é burnout? 

O burnout é uma síndrome resultante de um estresse crônico no ambiente de trabalho que não foi adequadamente gerenciado, de acordo com a OMS. 

A síndrome é caracterizada por três sintomas principais: sensação de exaustão extrema (física e emocional), o sentimento de negativismo em relação ao trabalho, o que pode se manifestar como um baixo índice de employee engagement, e a redução do desempenho.

Vale destacar que o burnout não é apenas um estado passageiro de estresse. Trata-se de uma condição que pode evoluir para quadros mais graves de depressão, ansiedade e outras doenças mentais, se não houver uma intervenção adequada.

Causas e gatilhos do burnout no trabalho 

A síndrome de burnout não surge da noite para o dia. Diferente do boreout, ela é resultado da sobreposição de fatores organizacionais e emocionais que se acumulam ao longo do tempo.

No ambiente corporativo brasileiro, as causas mais recorrentes estão ligadas ao excesso de demandas e à qualidade das relações no trabalho. Entre os principais gatilhos, destacam-se:

  • Jornadas de trabalho longas e sem pausas adequadas;
  • Metas inatingíveis ou prazos constantemente apertados;
  • Conflitos frequentes com lideranças ou pares;
  • Estilo de gestão autoritário e pouco empático;
  • Falta de suporte por parte do time ou da liderança;
  • Comunicação ineficiente, com ruídos e falta de clareza.

A ausência de reconhecimento, de valorização e de autonomia também pode gerar um ambiente propício à exaustão emocional. Quando o colaborador não se sente ouvido, respeitado ou recompensado pelas suas entregas, o sentimento de frustração se intensifica e, em muitos casos, o burnout.

O impacto do burnout nas empresas 

Além da saúde mental dos colaboradores, os impactos do burnout comprometem diretamente a sustentabilidade do negócio, afetando indicadores críticos de gestão de pessoas, como:

  • Afastamentos por saúde mental;
  • Altos índices de absenteísmo;
  • Aumento do turnover e rotatividade de funcionários;
  • Queda na produtividade;
  • Clima organizacional pesado.

Além disso, a Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que trata dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho, reforça o papel das empresas na identificação e prevenção de fatores que podem levar a doenças e riscos ocupacionais, como o burnout.

Como o RH pode prevenir e intervir no burnout? 

A atuação do RH é essencial tanto na prevenção quanto na mitigação dos efeitos do burnout nas equipes. A seguir, listamos algumas ações estratégicas que ajudam a promover ambientes mais saudáveis e sustentáveis para os colaboradores, não só no janeiro branco:

Monitoramento constante com dados de clima e desempenho 

Utilizar softwares de RH, como a pesquisa de clima organizacional, acompanhar indicadores como absenteísmo, produtividade e engajamento, além de avaliar o desempenho de forma contínua, possibilita identificar sinais precoces de esgotamento e agir antes que o quadro se agrave.

Criação de planos estruturados de escuta e apoio psicológico 

Canais de escuta ativa, reuniões one-on-one entre líderes e liderados e o acesso a suporte psicológico, interno ou via parcerias, são ações importantes para acolher os colaboradores e intervir nos primeiros sinais da síndrome.

Formação de lideranças com foco em empatia e escuta ativa

A prevenção do burnout começa na liderança. Treinar gestores para atuarem com inteligência emocional, comunicação não violenta e empatia fortalece uma cultura mais humana e acolhedora, além de melhorar o ambiente de trabalho.

Ações práticas para promover equilíbrio e bem-estar 

Políticas como pausas estruturadas, horário de trabalho flexível, incentivo à atividade física e à saúde emocional, além da revisão periódica de metas e cargas de trabalho, são medidas eficazes para reduzir o estresse e preservar a saúde dos times.

A tecnologia como aliada estratégica na prevenção do burnout 

Plataformas de RH integradas, como sistemas para a gestão de talentos, monitoramento de indicadores e de clima organizacional, permitem uma visão completa da saúde da organização. Com esses dados, o RH pode identificar grupos de risco, tomar decisões baseadas em evidências e personalizar ações preventivas com mais agilidade.

Enfrentar o burnout: uma prioridade estratégica 

O enfrentamento ao burnout no ambiente organizacional deve ser tratado como uma prioridade estratégica para qualquer empresa que deseja aumentar a retenção de colaboradores, preservar a produtividade e fortalecer sua marca empregadora. 

A síndrome de burnout, quando não prevenida ou tratada a tempo, gera impactos significativos no desempenho dos times, no clima corporativo e nos custos.

O RH deve ser participativo e liderar essa transformação, com apoio da liderança e com o suporte de tecnologias capazes de monitorar, diagnosticar e intervir de forma inteligente, como o HCM da Senior! 

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Fonte: Senior Sistemas