Como esta empresa familiar de gestão de software segue em crescimento após 40 anos

WK implementou plano de sucessão durante a pandemia. Em 2021, o faturamento aumentou 32%.

Quando começou a WK em 1984, Werner Keske, 65 anos, oferecia o serviço de consultoria individual a empresas. No ano seguinte, com a entrada da esposa Maria Ignêz nos negócios, passou a desenvolver um software contábil que auxiliava automatizar as finanças das organizações. “Praticamente não existiam softwares no Brasil. Fomos pioneiros nessa tecnologia, e foi o pontapé para que conseguíssemos vender em todo o País”, afirma a empresária.

Quase 40 anos depois, a empresa segue firme, tendo se adaptado ao surgimento de novas tecnologias, e agora fornece ERP com armazenamento em nuvem. A renovação também está presente no quadro societário. Agora o casal conta com os filhos Wanessa e Wilson Keske auxiliando no crescimento do negócio com sede em Blumenau, Santa Catarina. Em 2021, o faturamento da empresa cresceu 32%. Em 2020, o aumento tinha sido de 15%.

Família Keske comanda WK: Werner, Maria Ignês, Wanessa e Wilson (Foto: Daniel Zimmermann)
Família Keske comanda WK: Werner, Maria Ignêz, Wanessa e Wilson (Foto: Daniel Zimmermann)

Maria Ignêz conta que sempre existiu uma preocupação com a sucessão do negócio, e foi preparando os filhos para isso. “Pensamos nisso, mas eles vieram até a WK por iniciativa deles. A Wanessa, por exemplo, passou por todas as áreas da empresa. Ela conhece todo o negócio e toda a cultura”, afirma a empresário. “Já o Wilson sempre se dedicou à área de tecnologia.”

Wanessa conta sentia que a empresa dos pais era uma espécie de colônia de férias durante a juventude. Ela ingressou na WK em 2009, alguns meses após a entrada de Wilson, quando já cursava administração. “Na época, ainda trabalhamos com entrega de CDs. Eu cuidava da parte do almoxarifado, mas fui migrando de áreas. Passei para o comercial, e depois cuidei de uma parte mais técnica na parte de qualidade de software e programação. Desde 2018, estou na área de planejamento estratégico”, afirma.

Na pandemia, o plano de sucessão se tornou ainda mais necessário. Por serem do grupo de risco, Maria Ignêz e Werner não podiam mais ir presencialmente à empresa. “Isso fez com que a gente delegasse funções. Deu mais abertura para a sucessão realmente acontecer”, afirma Maria Ignêz.

No entanto, a empresária acompanhou de perto as ações da WK. “Sempre tivemos uma reserva para que não dependêssemos imediatamente caso tivéssemos um problema externo. Graças a isso, não precisamos demitir ninguém nesse período — e ainda fizemos contratações”, diz Maria Ignêz.  Além disso, a empresa apostou em uma comunicação mais direta com os funcionários. “Outras empresas estavam fechando e ou demitindo, e não era a nossa realidade, mas tínhamos de acalmar nossos colaboradores”, diz Wanessa.

No momento, Maria Ignêz e Werner estão mais afastados da empresa, apesar de seguirem no conselho. Mesmo tendo entrado na sociedade, Wanessa diz que ela e Wilson ainda precisarão se profissionalizar para assumir um cargo de diretoria. “Não é o momento certo, então ainda permanecemos em cargos no nível de gestão. Temos pessoas mais qualificadas para a diretoria da empresa”, afirma.

Depois de 39 anos trabalhando em família, Maria Ignêz diz que não enxerga uma fórmula mágica para fazer dar certo. “Sempre trabalhamos juntos, mas cada um cuidando de uma área, sem interferir na outra. De alguma forma, conseguimos dar certo assim”, diz a empresária.

Para Wanessa, também tem a ver com a sintonia de ideias. “Neste caso, o fit cultural é quase certo porque é algo que vem de casa.”

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Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios.

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